Auto-Escola

Este é um post cheio de possibilidades. Com o passar dos anos pode se revelar ridículo, pode se revelar uma visão diferente acerca de um tema, pode ser útil na minha biografia. Tudo depente do rumo das coisas. Como tudo na vida né... bom...

Ontem entreguei o último programa da série que fiz pro Multishow e que foi meu primeiro solo na direção pra TV. Do ponto de vista técnico, ou prático, não foi nenhuma grande novidade, apenas pegar as experiências anteriores e adequar ao formato.
Por outro lado, é incrível como a percepção de algumas coisas muda.

Vc sai da posição de franco atirador de idéias e sugestões pra ser alvo dessas idéias e sugestões, dadas por pessoas que querem ajudar, querem participar. Adoro sugestões e sou sempre aberto a elas, mas em algumas situações podem representar um perigo, como se fosse alguém puxando pro lado a direção de um carro no meio de uma curva.

Aliás, a direção automobilística e a artística me parecem agora bem semelhantes.

Quando vc sai da auto-escola, o objetivo principal é sair com o carro de um lugar e chegar no outro, independentemente do tempo que leve ou das voltas que se dá pra evitar os caminhos mais difíceis. Logo vc acostuma e já consegue dirigir a falar ao mesmo tempo, ouvir música e até fazer umas curvinhas. Com a TV é igual. No primeiro programa, tudo o que vc quer é ver ele na fita, pronto, entregue. Se livrar. Ufa!
Depois vai acostumando, ficando mais à vontade, cuidando dos detalhes... e até fazendo umas curvinhas. Definitivamente, gostei!

Vamos ver agora pra que lado o barco vai.

Meninos eu vi. Ou não.

Outro dia estava conversando com a Nanda na praia. Outro dia o escambau, ainda era verão e a conversa foi na praia. Pois bem, estávamos conversando sobre comprar DVDs de filmes que já vimos. A discussão era sobre porque comprar se pode-se alugar. E pior: porque comprar e não assistir mais de uma vez. Pq eu fiz isso. Comprei alguns filmes e assisti apenas uma vez. Outros nem vi.

Chegamos à conclusão (na verdade ela chegou) que tenho esses DVDs como fotos na estante ou quadros na parede. E é verdade. São filmes que eu gosto, que fazem parte da minha história e que dão uma dica de quem eu sou. Com a vantagem que dentro das caixas que se prestam a este papel, existem disquinhos preciosos com filmes ótimos!

Tem Barbarella, E.T., Superman, Em algum Lugar no Passado, Os Saltimbancos Trapalhões, Campo do Sonhos, Rolling Stones - Shine a Light, A Dança dos Vampiros... entre outros.

Ontem comprei mais dois, só que pra Carol: The Doors e O Enigma da Pirâmide.

Mal posso esperar pra ver. Ou não.

Porta-Memórias

Tava pensando no tal "efeito memória", muito comum em baterias recarregáveis, quando a dita cuja se recusa a aceitar toda a carga que vc quer dar nela, não pq está de birra, mas por causa daquelas "carguinhas" rápidas que vc dá quando está no sufoco. Isso deixa a bateria preguiçosa e incapaz de entender que cabe nela bem mais do que ela pensa que cabe.

Agora me ocorreu que a nossa memória também deve ter um "efeito bateria". Como? Oras, se a memória não for recarregada de tempos em tempos, perde a capacidade de lembrar. Será?

Cada vez mais acho que as minhas mais profundas lembranças que remontam à mais tenra infância só existem pq de tempos em tempos eu penso nelas. Daí pode-se concluir que os fatos que eu descreveria hoje numa viagem ao passado não são as memórias originais e sim a edição revista e atualizada delas. Isso é ruim? Talvez, pq dependendo do nível de fantasia na cabeça, vc pode produzir os fatos mais estapafúrdios a partir de memórias de fatos absolutamente comuns. Isso é bom? Também talvez, pois pode-se adaptar memórias ruins pra ficarem um pouco mais palatáveis e um pouco de fantasia nunca fez mal a ninguém.

Independentemente dessa viagem aí de cima, tenho procurado revisitar minha memória de tempos em tempos, quase como passatempo.

Hoje tava tentando me lembrar da primeira vez que fui ao cinema. Não sei se foi em "Mogli o menino lobo" que vi com meus pais no Drive In da Lagoa, com o Passat branco parado de ré e os bancos traseiros rebatidos pra todo mundo ver melhor, ou se foi "Bernardo e Bianca", não me lembro onde.

O primeiro filme de verdade acho que foi E.T. e a primeira vez que entrei num cinema pra ver um filme que não era "censura livre" foi pra ver "Os Caça-Fantasmas". Foi tb quando tomei um dos maiores sustos da minha vida na cena do fantasma na biblioteca e cheguei à conclusão que eu, aos oito ou nove anos de idade, ainda era muito novo pra ver os filmes destinados aos adultos de dez.

O Oscar vai para...

Alguém aí vê a novela das 19? Deveriam! Estão todos perdendo a chance de assistir a pior atuação já vista na televisão brasileira, que está deixando o ícone máximo cigano Igor no chinelo.

O cara é péssimo, a dicção uma vergonha com os "esses" assobiados, um cabelo horroroso (que moda é essa, meu Deus?) umas roupas ridículas e uma performance...  vou te falar... o maluco se fazendo de malvado parece o Sergio Chappelin apresentando o Globo Repórter, com gestos toscos de apresentador que fez curso por correspondência.

Não vou nem dizer quem é pq não vale a pena.

Relapso

Acabo de me dar conta de que trato o meu blog como trato meus amigos. Tenho-os sempre no coração mas quase nunca ao alcance da mão. Acho que é o tempo que passa muito rápido. Acho que foram apenas algumas semanas e quando vou ver já faz mais de meio ano que não dou as caras por aqui. Até casar eu casei durante essa blog-ausência. E não convidei o blog pro casamento, assim como também não convidei um pessoas que podia ter convidado... pura falta de hábito. Mas assim é a vida, e uma festa de casamento é um bom painel para a reflexão sobre as pessoas que te cercam. Tem gente que ganha pontos, tem gente que desce a ladeira, tem gente que se revela. Claro que depois de ver o vídeo você descobre que nem mesmo você passou ileso das revelações de casamento... rsrsrs. Mas é bom, assim a gente se melhora, se endireita, direciona a vida e segue em frente.

Aproveito pra avisar ao blog que o casamento vai muito bem, obrigado, que a lua de mel foi em Paris e foi ótima também, que 2008 já acabou, que 2009 já já vai começar e que a reforma ortográfica não tem hora pra começar aqui.

Até.